Se hoje você fosse buscar um médico, o que você priorizaria?
A formação acadêmica, pós-graduações e especializações ou aquele mais humano, amigo, próximo dos pacientes e realmente preocupado com o seu bem estar? É possível tentar achar um meio termo, associando as duas características, mas a pergunta é: qual dessas habilidades é mais importante para você?
O The New York Times levantou essa questão. Instintivamente as pessoas buscam os melhores profissionais de acordo com a sua formação acadêmica e competências, deixando para o segundo plano a forma como eles lidam com o paciente. O fato é que na cabeça de muitos pacientes, o lado humano e a bondade não devem influenciar ou comprometer tanto o tratamento quanto as competências e habilidades técnicas do médico. Isso é um erro.
O departamento de psicologia da universidade de Stanford constatou que, na verdade, um médico mais caloroso e próximo do paciente, ajuda diretamente na sua recuperação. Algumas palavras que conectam o paciente ao médico podem fazer a diferença. O teste consistiu em induzir uma pequena reação alérgica de pele dos pacientes.
O grupo que foi encorajado pelo médico com palavras de força e otimismo apresentou melhora em comparação ao grupo que foi examinado em silêncio.
O mais importante é que nenhum medicamento foi prescrito.
Isso nos mostra que palavras de apoio e encorajamento podem ser determinantes na terapia. No entanto, mais do que dizer que “tudo vai ficar bem” a FORMA como dizemos isso também influencia.
É claro que a competência médica e técnica do profissional é um fator fundamental para o sucesso do tratamento, mas cada vez mais, estamos vendo a importância de nos aproximarmos ainda mais de nossos pacientes. É um diferencial que talvez não tivesse sua devida importância reconhecida nos últimos anos. Mas agora, esse diferencial parece ser fundamental tanto quanto o nosso currículo de formação acadêmica.