Quimioterapia Oral

Quimioterapia Oral

Quimioterapia Oral

Primeiro, a frase que vocês mais adoram:

“Muita calma nessa hora!”

É muito comum algumas pacientes falarem que conhecem alguém usando quimioterapia oral.

Na MAIORIA das vezes há uma confusão: hormonioterapia (tamoxifeno, anastrozol, letrozol), inibidores CDK (palbociclibe, ribociclibe,etc) NÃO são quimioterápicos!

São tipos de antineoplásicos!

DITO ISSO, VAMOS LÁ:

A quimioterapia oral, assim como a venosa, é feita para destruir, controlar ou inibir o crescimento das células do câncer em nosso organismo. É feita em cápsulas/comprimidos que são ingeridos em casa.

Também é prescrita em ciclos, necessita de acompanhamento regular com o oncologista e exames de sangue para sua liberação.

POR QUE NÃO SE PRESCREVE SEMPRE A ORAL?

Cada esquema quimioterápico que prescrevemos e a ordem que os utilizamos são definidos por estudos científicos.

Tendemos sempre a usar os esquemas mais eficazes primeiro, além de SEMPRE avaliarmos o perfil de cada paciente e sua história pessoal.

Lembrem-se sempre: cada paciente é único, assim como o seu tratamento.

ELAS FAZEM/DÃO MENOS EFEITO QUE A QUIMIOTERAPIA VENOSA?

Quando recebo essa pergunta, posso interpretá-la de duas formas.

ELAS SÃO MENOS EFICAZES QUE A VENOSA?

NÃO.

Existem várias quimioterapias venosas e algumas orais. A resposta varia muito de paciente para paciente, do tipo de tumor que estamos tratando e dos tratamentos já realizados.

Sempre que prescrevemos a quimioterapia oral, é porque acreditamos que ela seja o melhor tratamento no momento em que o paciente está.

ELAS DÃO MENOS EFEITO COLATERAL?

NÃO NECESSARIAMENTE.

Cada tratamento possui efeitos colaterais próprios e cada paciente tolera esses efeitos de uma forma diferente.

Já vi muitos pacientes terem poucos efeitos com a venosa e muitos com a oral, e vice-versa.

E NO CÂNCER DE MAMA, QUANDO USAMOS?

ATUALMENTE, USAMOS EM DOIS MOMENTOS:

  • Pacientes com câncer triplo negativo, que fizeram quimioterapia antes de operar e na cirurgia ainda havia tumor
    (chamamos de tumor residual);
  • Pacientes que estão com doença avançada (metástase).

QUAIS SÃO ESSAS MEDICAÇÕES?

Posso citar como exemplos algumas que usamos para o câncer de mama: capecitabina (xeloda), ciclofosfamida, vinorelbina, metotrexato, etc.

QUAIS SÃO OS EFEITOS COLATERAIS?

Variam de acordo com o remédio utilizado, mas além dos sintomas comuns da quimioterapia venosa (náusea, cansaço, diarreia, etc), sabemos que a capecitabina pode trazer a “Síndrome Mão-Pé”. Nesse caso podemos ter vermelhidão nos pés e nas mãos e, mais raramente, feridas nesses locais.