Todos os dias, no consultório, essa pergunta está presente. Convidamos a radioterapeuta Patrícia Izetti, para esclarecer para gente : Afinal, a radioterapia queima?
Uma das perguntas mais frequentes em uma primeira consulta de avaliação para o tratamento radioterápico é “a radioterapia vai queimar a minha pele?”.
Vamos começar tirando a primeira dúvida:
O que é radioterapia?
A radioterapia é é um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Um tratamento indolor que não queima diretamente a pele. O que ocorre, em determinados casos, é um processo inflamatório denominado radiodermatite ou “radiodermite”. Esse processo é mais comum em pacientes que necessitem doses relativamente altas próximo à superfície corporal, como ocorre no câncer de mama.
A radioterapia queima?
A radiodermatite é caracterizada especialmente por uma vermelhidão da pele (eritema), a qual pode ocorrer com diferentes graus de intensidade. O eritema costuma ser leve na maioria dos casos, semelhante ao que ocorre quando nos expomos ao sol das 10h da manhã sem a devida proteção. Mas o grau dessa vermelhidão dependerá principalmente de alguns fatores. Entre eles estão: a superficialidade do tratamento ( região tratada próxima a pele), a energia utilizada pelo aparelho de radioterapia (alguns depositam mais dose na pele) e características específicas da pele do(a) paciente.
Alguns cuidados locais (tópicos) e refinamentos nos cálculos da radiação realizados pelos físicos- especialistas responsáveis pelo tratamento radioterápico junto ao médico Radio-Oncologista- podem atenuar muito esse processo inflamatório. Assim, hoje em dia é bem menos frequente a ocorrência de quadros graves de radiodermatite (as conhecidas e temidas “queimaduras”), graças às novas tecnologias disponíveis.
Um cuidado muito importante é a não exposição da região tratada ao sol durante todo o tratamento e alguns meses após o término da radioterapia.
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