Sozinho ninguém é nada!
Nem nós, seres humanos, nem os parâmetros para definir o tratamento oncológico .
Sempre que o Oncologista recebe o/a paciente na primeira consulta, ele pergunta sobre a biópsia.
Ela é aquele pedacinho do tumor que é enviado á patologia. Depois de uns 7 a 15 dias, recebemos o resultado, que oficialmente, tem o nome de laudo histopatológico.
Nele já vemos várias, coisas, entre elas, se o tumor de mama é ductal, lobular ou outro subtipo.
Depois pedimos a imunohistoquímica. Onde veremos o receptor de estrogênio, progesterona, her-2 e tudo aqui que falamos sempre em nossos posts .
Depois vemos a história do paciente, as medicações que usa, suas expectativas e tiramos todas suas dúvidas.
A partir daí, com todos esses dados, definimos o que fazer. E assim, vemos que cada paciente é único e o tratamento sempre individualizado.
Hoje quero responder sobre a diferença entre o carcinoma ductal (seja ele in situ ou infiltrante) e o lobular de mama? Basicamente a diferença está na localização de cada um, sejam eles in situ ou infiltrantes. Por que falamos basicamente desses dois?
Existem diversos tipos de câncer de mama sendo os dois mais comuns: o carcinoma ductal (em média 80% das vezes) e o carcinoma lobular (em média 10% das vezes). O carcinoma lobular se origina das células que produzem o leite materno, enquanto o carcinoma ductal das células que formam os ductos, os canais por onde o leite passa até chegar ao mamilo.
Essa classificação se baseia na observação de um pedaço de tecido retirado do tumor (biópsia) no microscópio. Assim, o médico patologista é capaz de dizer de que tipo de tumor se trata e se o tumor tem um crescimento rápido ou lento.
Esta análise é complementada com o exame conhecido com imunohistoquímica, que avalia a presença de substâncias específicas no tumor como receptores de hormônios e receptores de HER2 e outros marcadores de crescimento como o Ki67, etc.
Em geral os carcinomas ductais têm um crescimento UM POUCO mais rápido que os carcinomas lobulares. Esses dados, somados a tantos outros (tamanho, axila, grau, ki67, her2, etc) ajudam o oncologista a definir o tratamento.
Por tudo isso, os tratamentos variam tanto de pessoa pra pessoa, fazendo com que a oncologia esteja cada vez mais individualizada .
Ainda tem dúvidas? Deixe nos comentários! #DraSabrinaChagas