As caixas funcionam!
Caixas?
Sim! Uma vez por semana, abro uma caixa de perguntas lá nos Stories do instagram. Além de sempre responder, são sempre fonte de ideias para novos posts. Lembrando sempre que esse perfil é pra vocês e construído com base no que vocês trazem pra mim.
E assim, caminhamos juntos. Desmistificando, informando e acolhendo. Sempre!
Então, é hora de falarmos sobre quimioterapia oral!
Primeiro, a frase que vocês mais adoram: “Muita calma nessa hora”!
É muito comum algumas pacientes falarem que conhecem alguém usando quimioterapia oral.
Na MAIORIA das vezes, há uma confusão: hormonioterapia (tamoxifeno, anastrozol, letrozol), inibidores CDK (palbociclibe, riboclibe, etc) NÃO são quimioterápicos! São tipos de antineoplásicos!
Dito isso vamos lá:
A quimioterapia oral, assim como a venosa, é feita para destruir, controlar ou inibir o crescimento das células do câncer em nosso organismo. É feita em cápsulas/comprimidos que são ingeridas em casa. Também é prescrita em ciclos, necessita de acompanhamento regular com o oncologista e exames de sangue para sua liberação.
Por que não se prescreve sempre a oral?
Cada esquema quimioterápico que prescrevemos e a ordem que os utilizamos, são definidos por estudos científicos.
Tendemos sempre a usar os esquemas mais eficazes primeiro, além de SEMPRE avaliarmos o perfil de cada paciente e sua história pessoal.
Lembrem sempre: Cada paciente é único, assim como seu tratam.
Eles fazem/dão menos efeito que a quimioterapia venosa?
Quando recebo essa pergunta, posso interpretá-la de duas formas:
Eles são menos eficazes que a venosa?
Não. Existem várias quimioterapias venosas e algumas orais. A resposta varia muito de paciente para paciente, do tipo de tumor que estamos tratando e dos tratamentos já realizados. Sempre que prescrevemos quimioterapia oral, é porque acreditamos que ela seja o melhor tratamento no momento em que o paciente está.
Elas dão menos efeito colateral?
Não necessariamente. Cada tratamento possui efeitos colaterais próprios e cada paciente tolera esses efeitos de uma forma diferente.
Já vi muitos pacientes terem poucos efeitos com a venosa e muitos com a oral, e vice-versa.
E no câncer de mama? Quando usamos?
Atualmente, usamos em dois momentos:
Pacientes com câncer triplo negativo, que fizeram quimioterapia antes de operar e na cirurgia, ainda havia tumor (chamamos de tumor residual);
Pacientes que estão com doença avançada (metástase).
Quais são essas medicações?
Posso citar como exemplos alguns que usamos para o câncer de mama: Capecitabina (Xeloda), ciclofosfamida, vinorelbina, metotrexate, etc.
Quais são os efeitos colaterais?
Variam de acordo com o remédio utilizado, mas além dos sintomas comuns da quimioterapia venosa (náusea, cansaço, diarreia, etc), sabemos que a Capecitabina pode trazer à “Síndrome Mão-Pé”. Nesse caso podemos ter vermelhidão nos pés e nas mãos e mais raramente feridas nesses locais.
Curtiu?
Esse post surgiu a partir de uma pergunta que fiz nos stories do instagram! Deixe sua dúvida aqui!