Quem nunca?
Se tem algo na Oncologia que é sempre comentada, é o fato de existirem vários nomes esquisitíssimos na sua prática! E podem ter certeza, que os próprios médicos também acham isso! Acredito que todos que tenham chegado a esse post concorda!
O Carcinoma In Situ é uma dessas palavras.
Mais que isso, não sei se pela palavra “ In Situ” vir acompanhada da palavra “ carcinoma”, é MUITO frequente as/os pacientes ficarem ansiosos e com medo frente a esse diagnóstico.
Mas como sempre falo: “ Muita calma nessa hora!”, lendo esse post a gente desmistifica um pouco essa questão!
Qualquer dúvida, estou aqui! Vamos lá?
In situ significa “no lugar”. E isso já nos ajuda MUITO para começarmos a entender o que é o carcinoma in situ.
Especificamente sobre o câncer de mama in situ, ele é uma forma muito inicial de neoplasia/tumor em que as células com características malignas não apresentam características invasivas. Em outras palavras, as células não se disseminaram, nem se disseminarão, para outros tecidos próximos. Isso significa ausência de características de metástases já que o tumor não atinge veias ou vasos linfáticos, sendo até considerado por alguns como um pré-carcinoma.
Um tipo de câncer que merece ser abordado é o ductal in situ. Como nesta camada não há vasos sanguíneos a chance da doença se “espalhar” é MUITO baixa. Quando a doença passa a membrana basal (nesse caso, não é in situ) chamamos de doença invasiva, ou infiltrante. Neste estágio a doença já pode causar metástase à distância e, dependendo de cada caso, pode ser necessário tratamento com medicamentos mais agressivos.
Antes considerado raro, o carcinoma ductal in situ assumiu hoje grande importância na prática clínica diária. Com o emprego mais difundido da mamografia , o carcinoma ductal in situ corresponde a 10 a 30% dos casos de câncer de mama tratados nos serviços de mastologia.
Estima-se em % a chance de um o carcinoma ductal in situ não tratado evoluir para um lesão infiltrativa após 10 anos(). Isto é, a grande maioria deles são curados após o tratamento adequado. A classificação In Situ também existe para tumores que se originam em outros órgãos também
Em geral, o único tratamento para doenças In Situ em outros órgãos, é a retirada completa do tumor, como no caso do adenocarcinoma in situ do cólon (intestino grosso), melanoma in situ e câncer de colo uterino in situ. No caso do câncer de mama In Situ por vezes se faz tratamento com hormonioterapia/radioterapia, não para tratar a doença operada, mas para diminuir a chance do aparecimento de uma segunda lesão.
Ainda tem dúvidas?
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