Minha alma estava fora do corpo, pessoal.
Demorei a trazer novidades do Congresso porque(quem acompanhou os stories, sabe!) perdi um dos vôos de volta ao Brasil. Isso, atrasou em um dia nosso retorno, “embolou ” toda a minha agenda, além de ter me deixado extremamente cansada.
Mas voltei, vamos ao que interessa:
P.O.S.I.T.I.V.E.- Vocês sabiam que a maioria dos estudos da oncologia são representados por siglas? Esse é um deles, e foi o ponto alto do congresso.
Agora sabemos que é possível interromper o bloqueio hormonal apos 18-30 meses para que as pacientes possam engravidar. Importante lembrar, e poucos têm falado, que praticamente não havia (quase 0%)negras no estudo e poucas (cerca de 6%) tinham a doença mais avançada ao diagnóstico. Fica a ENORME alegria de podemos programar uma gravidez, mas sempre a lembrança de que a liberação sempre será individualizada e após conversar com o Oncologista.
RxPONDER(sub-análises) –
Esse é um trabalho que já é conhecido por mostrar que o exame chamado Oncotype DX pode ser pedido(PARA PACIENTES COM INDICAÇÃO PRECISA) para avaliarmos se a quimioterapia é realmente necessária(quem não conhece esse exame avisa lá nos comentários para eu fazer um post).
Quando existem estudos lindos e enormes assim, é comum os pesquisadores fazerem novas análises com os grupos que participaram. Nesse contexto foi visto que a sobrevida das mulheres negras foi pior quando comparada à das brancas e asiáticas(para entender melhor, é importante incluir mais essas mulheres nas pesquisas).
Além disso, viu-se que a função conginitva(raciocínio, memória, aprendizagem, etc)piora mais em quem faz quimioterapia além da hormonioterapia, e pode não retornar ao normal, mesmo que melhore com o passar do tempo (aqui na página tenho posts de como ajudar nesse processo).
Tivemos MUITOS estudos com drogas novas e promissoras. Capivasertib e elascetrant, são algumas delas. Mas nenhuma apresentação nesse sentido, trouxe uma grande alteração IMEDIATA na nossa prática diária.
Mais atualizações num próximo post. Trarei também os dados relacionados à obesidade, questões étnicas, etc, que impactam tanto ou mais que muitas medicações.