Quantas mulheres aqui não passaram por algo assim?
Dani Calabresa, todo o nosso respeito, amor e gratidão. Por levar voz à tantas de nós. 💞
E saibam, a violência contra a mulher tem várias faces. Em várias esferas, ela acontece o tempo todo, em todo lugar.
Qual é o nosso papel diante de tudo isso?
Um post, várias reflexões. 😉
📌“É impressionante a luta que uma mulher precisa travar para provar que é vítima”
Essa é parte da fala de Dani Calabresa em seu Instagram recentemente.
Todos nós temos acompanhado suas declarações sobre os assédios sexuais e morais sofridos.
E você tem alguma história para dividir conosco?
📌NO MEU CONSULTÓRIO:
Existem cenas que se repetem na minha rotina há anos. Verdades que muitas vezes não são faladas ou são escondidas embaixo do tapete. Mas elas existem e sim, elas doem.
Percebo que quando os homens têm câncer, suas esposas os acompanham firmes em seu tratamento. Mesmo quando o câncer é de próstata e as medicações comprometem a função sexual de seus parceiros, elas estão lá.
É frequente os homens se afastarem de suas esposas quando ELAS adoecem. Muitos não vão às consultas, se afastam do contato físico (independente do tratamento feito) e por fim, se separam depois de um tempo.
Lógico que isso não é uma regra!
📌 Pesquisas mostram que entre 40-70% das mulheres são abandonadas por seus cônjuges após o diagnóstico de câncer de mama.
Da mesma forma, o número de mulheres portadoras de ostomias (bolsa que coleta as fezes) divorciadas é superior ao dos homens na mesma situação. Por que será?
A rejeição traz sequelas profundas e muitas vezes compromete o tratamento.
A violência contra a mulher não é só física.
📌 SEGUNDO O MINISTÉRIO DA MULHER, FAMÍLIA E RECURSOS HUMANOS, seguem exemplos do que pode ser considerado violência contra a mulher:
* Humilhar, xingar e diminuir a autoestima;
* Tirar a liberdade de crença;
* Fazer a mulher achar que está ficando louca;
* Controlar e oprimir a mulher;
* Expor a vida íntima;
* Atirar objetos, sacudir e apertar os braços;
* Forçar atos sexuais e atos sexuais desconfortáveis.
📌 “Tudo é muito difícil, dá medo, vergonha, mas temos que lutar por respeito e justiça. Assédio é crime!”, também falou Dani
Calabresa em seu post.
Junto a essa, posso colocar algumas frases comuns na oncologia:
“Mesmo me sentindo mal, eu fiz. Tenho que cumprir com meu papel de mulher.”
“Ele disse que ninguém ia me querer careca e mutilada.”
“Ele dizia que sempre estava ocupado para ir às consultas. Nem dormir ao meu lado, dormia mais.”
“Ele gritava que eu era maluca por rezar durante os dias da quimioterapia.”
📌 Ter o diagnóstico de câncer já é muito difícil. Além disso, o tratamento traz sequelas e abala a autoestima.
Muitas vezes, um relacionamento que já não estava bem, não sobrevive à doença. Em outras, percebemos um despreparo emocional do parceiro em lidar com a situação.
Mas precisamos ir além, precisamos olhar para dentro e fazer a voz do respeito falar mais alto!
Quanto mais falarmos sobre isso, mais daremos forças para outras mulheres se libertarem.
📌 Num país onde a cada 4 minutos uma mulher é agredida por um homem, Dani Calabresa nos inspira e nos dá esperança.
Um casamento pode valer mais do que nossa paz?
Se estamos em busca da saúde quando lutamos contra o câncer, vale a pena seguir nos submetendo à homens que roubam a nossa vida?
Estamos aqui para ser felizes!
📌 Que o medo, a vergonha, a tristeza não tirem a nossa força de lutar por quem mais amamos:
Nós mesmas.
Não é um caminho fácil e vale a pena buscar ajuda.
Juntos, sempre seremos mais fortes.