Ainda temos que falar sobre o TAMOXIFENO?

Engorda?
E os calorões?
Ressecamento vaginal 🙄!
Todos esses temas (e mais ainda), compõem os posts semanais sobre o tamoxifeno.
Mas ainda temos mais um, antes de começarmos a falar dos outros bloqueadores hormonais (anastrozol, letrozol, etc).
Estamos sempre a postos para desmistificar e acolher.
Vamos juntos? 😍
Foram 3 posts semanais inteirinhos falando sobre ele, mas sim, é um assunto que parece inesgotável.
Por que? 🤔
Primeiro porque é um tratamento longo. Depois porque, assim como a menopausa fisiológica da maioria das mulheres, pode trazer sintomas variados.
Outra questão pertinente é o fato dele receber a “CULPA” de praticamente tudo que acontece após seu início. Mesmo não sendo ele o responsável. E isso é natural
Tentamos relacionar sintomas novos ao que usamos de recente em nossa rotina. Mas temos que lembrar que independente de qualquer remédio, seguimos envelhecendo e nosso corpo sempre dará provas disso. Independente do tamoxifeno.
Por isso, é importante procurar sempre avaliação médica quando novos sintomas surgirem. Para que elas sejam avaliadas e tratadas!
Mas vamos ao tema do post:
📌 COMPLICAÇÕES RARAS DO TAMOXIFENO:
São raras e colocam muitas pacientes com muito medo! Em geral, essas dúvidas aparecem quando a paciente lê a bula dele. Acho interessante, porque poucas pessoas leêm a bula de remédio, mas quando começam a tomar o tamoxifeno o fazem de “cabo a rabo”.
Em todas as bulas dos remédios existe esse tipo de efeito e em grande maioria das vezes, são graves também. Quando falamos raros, falamos de uma incidência menor do que 1%!
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Dito isso, podemos falar sobre o risco de câncer de endométrio e de trombose. É raro!
O tamoxifeno, como dito antes, é uma medicação que mudou a história do câncer de mama. E sempre que prescrevemos algum remédio, levamos em conta os riscos que o paciente apresenta de apresentar seus efeitos colaterais.⠀💊
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A trombose é um coágulo dentro do vaso sanguíneo que pode bloquear a passagem do sangue. Em geral não prescrevemos tamoxifeno para pacientes que já tiveram algum episódio de trombose ou que apresentem fatores de risco para ela.
Sobre o câncer de endométrio, nesses mais de 15 anos na oncologia, e de mais de 7 trabalhados no INCA, só me lembro de 1 caso de câncer de endométrio relacionado ao uso do tamoxifeno. Vejam que atendo em média 15 pacientes por dia! Definitivamente, o risco é muito pequeno. ☺
Sempre lembrando que acompanhamos as pacientes de perto e com exames de rotina. Não justifica abrir mão do benefício que essa terapia traz por medo dessas raras complicações.
Novos posts sobre a hormonioterapia, semana que vem. Vem muita coisa linda por aí! 😉