Alimentação para pacientes oncológicos

Alimentação para pacientes oncológicos
(Um tema tão disputado por aqui quanto o tamoxifeno!)
Mês passado, fiz um post sobre o consumo do AÇÚCAR que foi um sucesso!
Nada mais justo do que falarmos sobre outros alimentos que geram tantas dúvidas no dia a dia do paciente oncológico.
Para isso, convoquei nossa musa da nutrição, @paulapratti. Ela que sempre está presente nos eventos do @nossopaporosa e é a grávida mais maravilhosa do ano.
Carne vermelha
Comer carne vermelha em EXCESSO aumenta o risco de desenvolver o câncer de mama. Segundo o Instituto Americano de Pesquisa em Câncer, o ideal é consumir no máximo 300-500g de carne numa frequência de 2x a 3x na semana.
A forma como preparamos as carnes também é importante. Opte por elas assadas, cozidas ou ensopadas.
As temperaturas muito elevadas utilizadas para preparar as carnes de forma frita ou grelhada, assim como a fumaça do churrasco, formam compostos químicos que são cancerígenos e aderem à superfície das carnes.
Utilizar ervas no cozimento também é uma boa estratégia no preparo.
Toranja, chá-verde, chá de folha de amora, noni e chá de folha de graviola.
Cuidado com eles!
Possuem interação com vários medicamentos usados pelo paciente oncológico, podem aumentar ou diminuir suas ações.
Cúrcuma
Tem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas.
Seu consumo não é recomendado em cápsula (durante a quimio e hormonioterapia), e sim como shot ou no tempero da comida.
No Instagram da @paulapratti tem várias dicas sobre o tema!
Camarão
Não existe nenhuma referência científica que comprove que alimentos remosos atrapalhem a quimioterapia, como ouvimos muito por aí.
O camarão, assim como o salmão, possui substâncias antioxidantes, da família da vitamina A, que trazem benefícios à saúde do paciente.
Estudos comprovam que o consumo regular de substâncias oxidantes, como as que estão presentes no camarão, ajuda a diminuir os efeitos colaterais, potencializa o efeito positivo do tratamento, além de proteger as células sadias do efeito da droga, melhorando, assim, a qualidade de vida durante o tratamento.
Vale lembrar que a forma de preparo dos alimentos é sempre uma questão importante. Saber a procedência e prepará-los em casa é um excelente caminho.
Embutidos
O INCA e a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomendam NÃO ingerir carnes processadas em NENHUMA quantidade, pois elas aumentam o risco de desenvolver câncer e estão classificadas no GRUPO 1, mesmo grupo de risco do tabaco, amianto e fumaça de óleo diesel.
Esse tipo de alimento surgiu em um período em que havia necessidade de sua conservação, porém não existia a refrigeração, sendo, portanto, conservado com a adição de sal.
Hoje, os embutidos recebem adição de corantes, aditivos químicos (como nitratos e nitritos para manter a cor vibrante), sal, açúcar e temperos artificiais, além de muitas vezes serem compostos por partes do animal pouco nutritivas que seriam descartadas.
O que nós acreditamos?
No equilíbrio!
Vemos muitas pacientes cortando um alimento específico de sua rotina sob o discurso de prevenir o câncer, mas seguindo uma vida sedentária, sem lazer, dormindo mal, etc.
A nossa saúde é integral e a alimentação,
TAMBÉM!
É entender que dormir bem, alimentar-se com consciência, estar em movimento, ter saúde mental, ficar em família, focar na espiritualidade (não necessariamente religião), SÃO REMÉDIOS como todos os outros prescritos no tratamento.
Estamos aqui para sermos felizes, e comer algo que gostamos fora da dieta é possível, desde que não seja uma rotina.