Anastrozol, Letrozol, Examestano e seus efeitos colaterais

A retomada!
Com uma semana de pausa para recuperar o fôlego pós-Outubro Rosa 😍, vamos retomando nossos posts sobre os inibidores da aromatase! 👏
Lembrando que a ideia é trazer o entendimento sobre o tratamento e seus efeitos colaterais, além de apresentar caminhos para o aperfeiçoamento da qualidade de vida. ☺️
Mês passado tivemos uma série inteirinha dedicada ao #tamoxifeno e esse é a segunda publicação sobre essa classe de remédio.
Cada semana teremos um post novo no tema! 💪
Algo me diz que vocês vão gostar! 😉
Vamos lá:
No último post sobre essas medicações (os inibidores da aromatase) explicamos porque elas são prescritas e como funcionam.
Partindo desse ponto, já sabemos que há uma queda importante do estrôgenio circulante e assim, há uma diminuição da lubrificação das articulações do nosso corpo.
O que isso quer dizer? 🤔
No local onde nossos ossos se unem (as tais articulações), existe um líquido (chamado sinovial) que ajuda a diminuir o impacto entre eles. A diminuição desse líquido, pode ocasionar DOR.
Esse sintoma acomete 3 a cada 10 mulheres em uso e além da dor, pode haver rigidez nessas áreas ao se levantar pela manhã.
É a famosa “Dor nas juntas”!
Além da dor preferencialmente nas pequenas articulações (dedos das mãos e pés) 🤲, algumas vezes observamos dores musculares, principalmente nas panturrilhas (batatas) das pernas e até coxas.
O grande alerta desse post é:
Buscar a qualidade de vida é essencial. E SIM, temos muito a fazer!
“Mas faz parte…quando parar de tomar, melhora…”
❌NÃO!
Mesmo sendo um efeito colateral relativamente comum, não é correto passar todos os anos em uso do remédio sofrendo!
E como melhorar?
📌 EM PRIMEIRO LUGAR: Atividade física. 🚴‍♀️
Não existe um exercício específico, o essencial é nos manter em movimento, não ficar esperando a vontade chegar (porque às vezes, ela não vem) e estabelecer uma rotina.
Muitas pacientes dizem que não gostam de se exercitar, até porque não trouxeram esse hábito consigo ao longo da vida. Costumo perguntar a elas se gostam de tomar remédios, ficar paradas no trânsito ou ficar em filas. Ninguém gosta! Sempre temos que fazer coisas que não gostamos na vida, não é mesmo? 😉
Então…gostando ou não, temos que entender que exercícios são REMÉDIOS, diminuem as dores, aumentam nossa disposição, melhoram o sono, diminuem o cansaço, nos ajudam na perda de peso, melhoram a saúde de nossos ossos, diminuem o risco da recidiva (“ter de novo”) do câncer, entre muitos outros benefícios!
Lembrando que a dor não some em um dia, é uma construção diária de autocuidado e autocompaixão. Percebemos a melhora ocorrer aos poucos e continuamente.
E não pessoal, não estou dizendo que é simples. Se a dor for muita, vale começar com exercícios de menor impacto, como a hidroginástica e para animar, convidar amigos para irem com você. Busquemos sempre uma saída! 🙌
Não esqueçam de contar sempre com a orientação de um educador físico ou fisioterapeuta!
📌 ACUPUNTURA: Sim, é comprovado cientificamente com altos níveis de evidência. E além de melhorar as dores, pode ajudar na qualidade do sono, ansiedade, entre outros.
Tanto a atividade física como a acupuntura, são abordagens da Medicina Integrativa. 💞 E sim, abordagens integrativas ajudam muito nessa caminhada. Não apenas por agir diretamente nas dores, mas porque proporcionar relaxamento, diminuir as tensões musculares, tirar o foco das dores, promover o autocuidado, entre outros. Trazem a o foco para o paciente como um todo e não para a doença.
Assim, gosto sempre de lembrar da Yoga, meditação, massagens, dieta, encontros com amigos, contato com a natureza, entre muitas outras abordagens.
Mas tem gente que não melhora fazendo isso tudo? Sim.
Nesse caso, podemos discutir a troca da medicação. Mas raramente, é necessário.
Vale lembrar que eventualmente, o acompanhamento de ortopedistas e reumatologistas, é necessário. Não raro, pacientes obesas, que já tinham algum problema no joelho não resolvido (artrose, por exemplo), atribuem a dor ao remédio e deixam de lado o tratamento essencial para essas outras questões.
Autocuidado sempre!
Em breve, abordaremos outros sintomas e daremos dicas de como ajudar.
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