Não, eu não vou parar !
Todos os dias, recebo inúmeras perguntas nos posts e no direct . Meu objetivo é SEMPRE respondê-las!
Não vou parar! Mesmo com a correria do dia-a-dia, existe um comprometimento em trazer informações de qualidade e combater #fakenews (são muitas!).
Tem uma frase que adoro:
“O QUE ME PREOCUPA NÃO É O GRITO DOS MAUS, MAS O SILÊNCIO DOS BONS”
Martin Luther King
Muita preocupação com os “desserviços” que tenho visto. Não só nas mídias, como nas bocas pequenas que palpitam nos ouvidos das nossas pacientes. Tudo já é tão difícil, porque piorar?
Vamos nos dar as mãos e espalhar o que vale a pena: acolhimento e verdade!
Mais um post respondendo as dúvidas frequentes de vocês. Vamos lá!
No último post sobre essas medicações (os inibidores da aromatase) explicamos porque elas são prescritas e como funcionam. Partindo desse ponto, já sabemos que há uma queda importante do estrôgenio circulante e assim, há uma diminuição da lubrificação das articulações do nosso corpo.
O que isso quer dizer?
No local onde nossos ossos se unem (as tais articulações), existe um líquido (chamado sinovial) que ajuda a diminuir o impacto entre eles. A diminuição desse líquido, pode ocasionar DOR.
Esse sintoma acomete 3 a cada 10 mulheres em uso e além da dor, pode haver rigidez nessas áreas ao se levantar pela manhã.
É a famosa “Dor nas juntas”!
Além da dor preferencialmente nas pequenas articulações (dedos das mãos e pés) , algumas vezes observamos dores musculares, principalmente nas panturrilhas (batatas) das pernas e até coxas.
O grande alerta desse post é:
Buscar a qualidade de vida é essencial. E SIM, temos muito a fazer!
“Mas faz parte…quando parar de tomar, melhora…”
NÃO!
Mesmo sendo um efeito colateral relativamente comum, não é correto passar todos os anos em uso do remédio sofrendo!
E como melhorar?
EM PRIMEIRO LUGAR: Atividade física.
Não existe um exercício específico, o essencial é nos manter em movimento, não ficar esperando a vontade chegar (porque às vezes, ela não vem) e estabelecer uma rotina.
Muitas pacientes dizem que não gostam de se exercitar, até porque não trouxeram esse hábito consigo ao longo da vida. Costumo perguntar a elas se gostam de tomar remédios, ficar paradas no trânsito ou ficar em filas. Ninguém gosta! Sempre temos que fazer coisas que não gostamos na vida, não é mesmo?
Então…gostando ou não, temos que entender que exercícios são REMÉDIOS, diminuem as dores, aumentam nossa disposição, melhoram o sono, diminuem o cansaço, nos ajudam na perda de peso, melhoram a saúde de nossos ossos, diminuem o risco da recidiva (“ter de novo”) do câncer, entre muitos outros benefícios!
Lembrando que a dor não some em um dia, é uma construção diária de autocuidado e autocompaixão. Percebemos a melhora ocorrer aos poucos e continuamente.
E não pessoal, não estou dizendo que é simples. Se a dor for muita, vale começar com exercícios de menor impacto, como a hidroginástica e para animar, convidar amigos para irem com você. Busquemos sempre uma saída!
Não esqueçam de contar sempre com a orientação de um educador físico ou fisioterapeuta!
ACUPUNTURA: Sim, é comprovado cientificamente com altos níveis de evidência. E além de melhorar as dores, pode ajudar na qualidade do sono, ansiedade, entre outros.
Tanto a atividade física como a acupuntura, são abordagens da Medicina Integrativa. E sim, abordagens integrativas ajudam muito nessa caminhada. Não apenas por agir diretamente nas dores, mas porque proporcionar relaxamento, diminuir as tensões musculares, tirar o foco das dores, promover o autocuidado, entre outros. Trazem a o foco para o paciente como um todo e não para a doença.
Assim, gosto sempre de lembrar da Yoga, meditação, massagens, dieta, encontros com amigos, contato com a natureza, entre muitas outras abordagens.
Mas tem gente que não melhora fazendo isso tudo? Sim.
Nesse caso, podemos discutir a troca da medicação. Mas raramente, é necessário.
Vale lembrar que eventualmente, o acompanhamento de ortopedistas e reumatologistas, é necessário. Não raro, pacientes obesas, que já tinham algum problema no joelho não resolvido (artrose, por exemplo), atribuem a dor ao remédio e deixam de lado o tratamento essencial para essas outras questões.
Autocuidado sempre!
Em breve, abordaremos outros sintomas e daremos dicas de como ajudar.
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