Câncer de mama: Tamoxifeno

No artigo anterior falei sobre a terapia hormonal no câncer de mama. Hoje falarei especialmente sobre o tamoxifeno, que é um medicamento usado desde a década de 1970. Extremamente seguro e eficaz, desde sua descoberta, mudou a história natural do câncer de mama, sendo considerado um dos medicamentos que mais salvou vidas na história da oncologia.
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O tamoxifeno bloqueia os receptores de estrogênio nas células do câncer de mama. Isso impede o estrogênio de se unir às células tumorais que as fazem crescer e se dividir. Enquanto o tamoxifeno age como um antiestrogênio nas células da mama, ele age como estrogênio em outros órgãos, como útero e ossos. Por isso é denominado modulador seletivo do receptor de estrogênio.

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O tamoxifeno pode ser usado de diversas maneiras:

 

🔸Para mulheres com câncer de mama receptor hormonal positivo tratadas com cirurgia, o tamoxifeno pode diminuir as chances de recidiva e aumentar a sobrevida. Também pode reduzir o risco de um novo câncer na outra mama. Para câncer de mama em estágio inicial, é usado principalmente em mulheres que ainda não chegaram à menopausa.
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🔸Para mulheres tratadas para carcinoma ductal in situ, com receptor hormonal positivo, administrar tamoxifeno por 5 anos diminui a chance de recidiva.
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🔸Para mulheres com câncer de mama hormonal positivo disseminado para outros órgãos, o tamoxifeno pode muitas vezes ajudar a diminuir ou bloquear o crescimento do tumor.

É uma medicação oral e seus principais efeitos colaterais são:
🔸Ondas de calor.
🔸Secura vaginal.
🔸Alterações de humor e na mestruação.
🔸Fadiga
Também temos efeitos colaterais raros (eu disse raros!) são:
🔸Aumenta a chance de câncer de endométrio
🔸Aumenta a chance de formar coágulos nos vasos.

Sobre esses efeitos e sobre como combatê-los, falarei no próximo post.

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