O carcinoma ductal in situ de mama é uma forma muito inicial de neoplasia em que as células com características malignas não invadem a membrana basal(veja a figura). Ou seja, não se disseminaram atraves de ductos para o tecido mamario adjacente. Por isso, não atinge veias e linfáticos, não dá metástases e pode ser considerado como um pré-carcinoma. Como nesta camada não há vasos sanguíneos a chance da doença se espalhar é muito baixa. Quando a doença passa a membrana basal chamamos de doença invasiva, ou infiltrativa. Neste estágio a doença já pode causar metástase a distância e, dependendo de cada caso, pode ser necessário tratamento com medicamentos.
Antes considerado raro, o carcinoma ductal in situ assumiu hoje grande importância na prática clínica diária. Com o emprego mais difundido do rastreamento mamográfico, o carcinoma in situ corresponde a 10 a 30% dos casos de câncer de mama tratados.
Tratamento:
Estima-se em 30% a chance de um o carcinoma ductal in situ não tratado evoluir para um lesão infiltrativa após 10 anos. Isto é, a grande maioria deles são curados após o tratamento adequado. Lembramos que todos os órgãos podem apresentar tumores in situ. E, em geral o único tratamento para essas doenças é a retirada completa do tumor, como no caso do adenocarcinoma in situ do cólon (intestino grosso), melanoma in situ e câncer de colo uterino in situ. No caso do câncer de mama in situ por vezes se faz tratamento com hormonioterapia. Não para tratar a doença operada, mas para diminuir a chance do aparecimento de um segundo câncer de mama.
Cada caso é único! A recomendação é sempre conversar com o seu médico sobre o melhor tratamento para você.
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