Mais de Outubro Rosa: E As Negras?

e a curiosidade apertar, comece pela MENSAGEM FINAL! 👉🏾
Ao longo do #outubrorosa, tenho recebido solicitações de entrevistas, palestras e participação em Lives, abordando temas que não foram tão frequentes em outros anos.
Falar do #cancerdemama em negras, transexuais, gestantes, homens, etc é FUNDAMENTAL! E por isso, resolvi fazer uma sequência de posts para não chegar ao fim do mês com a sensação de que alguém não se sentiu acolhido. 😊
Mais do que as dúvidas que sempre tiro aqui, quero saber de vocês: de qual grupo fazem parte? Qual dúvida não foi esclarecida? 🤔
Não só rosa, não só outubro, muito além da prevenção e diagnóstico precoce (que são importantíssimos!), vamos cada vez mais além! Sempre transbordando de amor e informação. 💞
📌As negras tem mais câncer de mama?
Vamos aos fatos.
Incidência: o câncer de mama é discretamente mais frequente em mulheres brancas do que em negras.
Incidência em jovens (que ainda menstruam): nesse grupo, a incidência em negras ultrapassa o número em brancas.
📌  A frequência dos (sub)tipos de câncer de mama é igual?
Mulheres negras costumam ter o grau tumoral maior.
Em algumas pesquisas, é mais comum mulheres negras terem tumores triplo negativos. Outras já não comprovam esse dado no Brasil.
Obs: tenho um destaque na capa do meu instagram chamado ‘’mama”. Nele, explico o que significa “grau” e “triplo negativo” no câncer de mama.
📌 E a mortalidade?
A taxa de mortalidade entre as negras é maior (10%). É mais comum serem diagnosticadas em estágios mais avançados.
📌 Por que?
Diagnóstico tardio (descobrem a doença mais tarde)
Tumores mais agressivos tem um desfecho pior.
📌Exames
Mulheres negras e pessoas com menos instrução tem menos acesso à mamografia.
Enquanto 66,2% das brancas fizeram exame, somente 54,2% das negras fizeram no mesmo período.
Mais de 80% das mulheres do sul e com ensino superior completo fizeram o exame, mas menos de 20% das do norte do Brasil e sem formação chegaram a fazer mamografia.
📌Como melhorar?
Os sistemas de saúde: o SUS reconhece a importância das iniquidades sociais na saúde e suas políticas seguem o princípio da equidade.
Mas é importante destacar o suporte as políticas e estratégias que atendam as necessidades de cuidado das mulheres de diferentes grupos sociais, desde a prevenção até o pós-tratamento do câncer de mama, de forma que desigualdades sociais não resultem em desigualdades de atenção.
Nós: Seguimos em nosso propósito de levar informação de qualidade, desmistificar a doença e acolhimento. É muito importante ir em busca de nossa saúde (como um todo)
Com as dificuldades ao acesso, e a rotina atribulada ao nosso dia-a-dia, não é raro vermos pacientes adiando a data de seus exames. Nossa saúde é nosso bem maior! que consigamos não desistir!
Infelizmente, uma parcela grande de nossas mulheres ainda esconde suas doenças por medo. Precisamos mudar isso!
📌 Mensagem final:
Lembrem sempre: quando antes diagnosticada, maior a chance de cura. Independente da raça, Papem sempre suas mamas e busquem fazer seus exames! Façam mamografia a partir dos 40 anos!
Hábitos de vida saudáveis (alimentação equilibrada, prática de atividades físicas, evitar o consumo de álcool, etc.), diminuem o risco em mais de 30%. Em qualquer raça
Não, não é fácil. Mas temos que usar tudo que temos na mão.
Existem cada vez mais tratamentos para todos os tipos de câncer. Ao longo do tempo, conseguimos melhorar consideravelmente a qualidade de vida e as abordagens aos pacientes.
📌 Seguindo na mensagem final:
Longe de afirmar que estamos no lugar ideal.
Mas depois de tantos anos na oncologia, percebo que estamos caminhando.
Precisamos de união, amor e informação.
Esse sempre será o melhor destino.