ESMO 2019: o maior congresso europeu de oncologia(são mais de 26 mil pessoas!), aconteceu nos últimos dias em Barcelona e por conta de todos os projetos de Outubro, eu não pude estar presente dessa vez. O Congresso reúne milhares de pessoas falando sobre as atualizações e avanços na terapia contra o câncer. Vou falar brevemente sobre os estudos mais relevantes no câncer de mama.
Todos falam de drogas já postadas aqui já minha página(falei em separado de cada uma delas), e que a cada dia são mais conhecidas para todos nós.
* Monarch 2: focou em tumores resistentes, que falharam cedo após o câncer inicial ou progrediram após uma primeira tentativa de tratamento. Para estes casos, o uso do abemaciclibe junto a hormonioterapia reduziu o risco de morte em 25% e apresentou aumento de sobrevida. Além disso, o desempenho foi particularmente bom nos casos metastáticos com doença visceral (fígado e pulmão).
* Monaleesa 3: mostrou redução do risco de morte em 28% com o uso de ribociclibe junto ao tratamento hormonal convencional, conseguindo também adiar a progressão da doença em mais de oito meses. O efeito permitiu ainda adiar a quimioterapia em muitos meses.
* Keynote 522(para triplo negativo): incluiu pembrolizumabe por seis meses algum esquema de quimioterapia longo e depois as pacientes foram operadas, recebendo mais nove doses da droga acima depois da cirurgia.
Foram mais de mil pacientes avaliadas. O principal objetivo era aumentar a taxa de desaparecimento do tumor na hora da cirurgia e a imunoterapia aumentou 27% a mais, de 51 para 65% (14% em números absolutos).
Talvez essas palavras possam parecer complicadas a ouvidos poucos acostumados com esses nomes esquisitos da oncologia. Mas a grande mensagem, é que a cada dia novas drogas surgem e com elas, novas esperanças.
Parte desses tratamentos já são usados no Brasil, e a grande luta é que sejam acessíveis a todos. Estamos juntos, atentos hoje e sempre. Deixe suas perguntas aqui.