O que é carcinoma in situ?

Quem nunca?
Se tem algo na Oncologia que é sempre comentada, é o fato de existirem vários nomes esquisitíssimos na sua prática! E podem ter certeza, que os próprios médicos também acham isso! Acredito que todos que tenham chegado a esse post concorda! 😟
O Carcinoma In Situ é uma dessas palavras.
Mais que isso, não sei se pela palavra “ In Situ” vir acompanhada da palavra “ carcinoma”, é MUITO frequente as/os pacientes ficarem ansiosos e com medo frente a esse diagnóstico. 🤔
Mas como sempre falo: “ Muita calma nessa hora!”, lendo esse post a gente desmistifica um pouco essa questão!
Qualquer dúvida, estou aqui! Vamos lá? 👇
In situ significa “no lugar”. E isso já nos ajuda MUITO para começarmos a entender o que é o carcinoma in situ.
Especificamente sobre o câncer de mama in situ, ele é uma forma muito inicial de neoplasia/tumor em que as células com características malignas não apresentam características invasivas. 🤔 Em outras palavras, as células não se disseminaram, nem se disseminarão, para outros tecidos próximos. Isso significa ausência de características de metástases já que o tumor não atinge veias ou vasos linfáticos, sendo até considerado por alguns como um pré-carcinoma.
Um tipo de câncer que merece ser abordado é o ductal in situ. Como nesta camada não há vasos sanguíneos a chance da doença se “espalhar” é MUITO baixa. Quando a doença passa a membrana basal (nesse caso, não é in situ) chamamos de doença invasiva, ou infiltrante. Neste estágio a doença já pode causar metástase à distância e, dependendo de cada caso, pode ser necessário tratamento com medicamentos mais agressivos.
Antes considerado raro, o carcinoma ductal in situ assumiu hoje grande importância na prática clínica diária. Com o emprego mais difundido da mamografia 🙌, o carcinoma ductal in situ corresponde a 10 a 30% dos casos de câncer de mama tratados nos serviços de mastologia.
Estima-se em 3️⃣0️⃣% a chance de um o carcinoma ductal in situ não tratado evoluir para um lesão infiltrativa após 10 anos(‼️). Isto é, a grande maioria deles são curados após o tratamento adequado. A classificação In Situ também existe para tumores que se originam em outros órgãos também
Em geral, o único tratamento para doenças In Situ em outros órgãos, é a retirada completa do tumor, como no caso do adenocarcinoma in situ do cólon (intestino grosso), melanoma in situ e câncer de colo uterino in situ. No caso do câncer de mama In Situ por vezes se faz tratamento com hormonioterapia/radioterapia, não para tratar a doença operada, mas para diminuir a chance do aparecimento de uma segunda lesão.
Ainda tem dúvidas?
Deixe aqui nos comentários! E não esqueça de compartilhar o post com quem possa se interessar por ele! 😘