Meditação não é uma prática recente. Há cerca de 800.000 anos, é possível que nossos ancestrais já experenciavam o equivalente ao estado alterado da consciência: o Êxtase (algo parecido como uma “pré-meditação”) – ao olhar longas horas para a fogueira na busca de uma diminuição da ansiedade.
Os primeiros registros escritos datam de 1500 anos a. C. na India, mas foi só em 300 a. C. na China, que temos o relato do seu uso disciplinar. Historicamente, vemos práticas em todo o mundo e em várias tradições, desde a Cabala (no judaísmo) a rituais cristãos.
Bem…Poderia contar a linda trajetória dessa prática milenar, mas como o espaço é pouco vou trazer alguns pontos interessantes para vocês:
📌 Sara Lazar – neurocientista do Massachusetts General Hospital e Harvard Medical School, foi uma das primeiras cientistas a analisar os efeitos da meditação no cérebro.
Seu interesse surgiu quando começou a prática de ioga, como uma forma de alongamento. Porém com o tempo, se percebeu mais calma e lidando melhor com as situações difíceis.
Então comparou o cérebro de pessoas que meditaram durante um programa de 8 semanas com o cérebro de não-meditantes.
E… quem meditava teve alterações em diversas regiões do cérebro. Áreas que estão relacionadas à memória, aprendizado, empatia, regulação do estresse, etc
📌 John Kabat-Zinn – nos anos 70, atuando como professor emérito da Universidade de Massachusetts, resolveu tirar o conceito da atenção plena de dentro do budismo e trazê-lo para dentro das universidades.
Estudou por muito tempo até afastar todo e qualquer aspecto religioso da prática (para alcançar cada vez mais pessoas) e assim fundamentou o primeiro programa baseado em Mindfulness (prática de atenção plena), para redução de estresse, atendendo casos clínicos onde a medicina já não mais podia contribuir.
Entre suas inúmeras publicações, está a que afirma que o Mindfulness pode ser tão eficaz como a medicação antidepressiva para evitar recaídas na depressão (não estamos falando que a medicação não é importante, hein, pessoal!), na renomada revista médica, The Lancet.
👉 O número de pesquisas cresce a cada ano, e já está mais do que descrito que, após 20 minutos de meditação, o corpo apresenta mudanças físicas e bioquímicas significantes (reduz hormônios do estresse como o cortisol e a adrenalina), que duram muitas por horas após o término da prática.
O número de batimentos cardíacos diminui, a respiração fica mais lenta, o corpo consome menos oxigênio, os músculos relaxam e a pressão sanguínea cai. O metabolismo também desacelera, modificando assim as atividades hormonais, assim como as ondas elétricas cerebrais.
📌 E como faço para meditar?
Há quem pense que meditar equivale a ficar horas sem pensar em nada e/ou ficar numa posição acrobática.
Não, não é!
Existem várias formas de meditação e aprendi, nessa minha caminhada na Medicina Integrativa, que mais importante que o tempo em que ficamos meditando, é a constância, um pouco a cada dia.
Existem aplicativos, professores e técnicas diferentes. Podemos fazer pausas durante o trabalho, ou mesmo em algum meio de transporte!
Vivemos em um mundo MUITO agitado. Informações e notícias chegam a nós o TEMPO INTEIRO! É um momento muito delicado no que diz respeito à saúde mental.
(e piora ainda mais durante um tratamento oncológico!)
Muitos vivem oscilando entre um passado de “porquês” ou “culpados” e o medo de um futuro que ainda não existe, mas traz ansiedade.
E o presente? Onde você está?
👉 A palavra MEDITAÇÃO vem do latim meditare, que significa voltar-se para o centro, ou seja, desligar-se do mundo exterior e voltar a atenção para dentro de si.
Medita-se quando se ativa a mente, concentrando a atenção no momento presente.
Medita-se quando controlamos nossa respiração, acalmamos nosso coração e percebemos as mensagens que o corpo nos dá.
Passado, presente, futuro, onde você quer estar?
Vocês viram👀?
No reels de ontem, falei um pouco sobre minhas metas para 2023🍀.
Trago aqui uma prática que também entra nessa lista e que pode ajudar todo mundo que está aqui: a #meditação .
Infelizmente ainda vejo muitos colegas da área de saúde falando sobre #medicinaintegrativa sem saber ABSOLUTAMENTE NADA😵💫 sobre seus conceitos e pilares.
Além disso, muitos a confundem com #medicinaalternativa (que é quando se abre mão do tratamento convencional 🥴🙄).
Assim como em qualquer àrea (e não só na saúde) temos profissionais que se aproveitam da fragilidade do outro para vender produtos e serviços que não trazem benefícios😭.
Por isso, busquem sempre profissionais que tenham feito uma pós-graduação no tema e em alguma instituição de referência!
⚠️Lembrem que Medicina Integrativa SEMPRE SERÁ embasada em ciência e na oncologia, atua ajudando a diminuir os sintomas do tratamento e melhorando a qualidade de vida dos pacientes (antes, durante e depois do tratamento). Navegando pelos sites dos maiores hospitais 🏣🏥 oncológicos do mundo (MD Anderson, Dana Farber, etc) verão que os profissionais e as práticas integrativas já fazem parte dos tratamentos oncológicos de rotina.
Ah! E a meditação 🧘🏽♀️ é uma abordagem integrativa já consolidada para auxiliar no manejo de diversos sintomas.