Trastuzumabe (Herceptin®) é imunoterapia ou vacina?

Trastuzumabe (Herceptin®) é imunoterapia ou vacina?

A pergunta pode ser esquisita, mas…

É MUITO comum as pacientes fazerem referência ao uso do trastuzumabe (e às vezes ao pertuzumabe/Perjeta®, também) como se estivessem fazendo uma vacina ou ainda uma imunoterapia.

E, de cara, já respondo: não é nem vacina, nem imunoterapia!

Acredito que chamem de vacina porque, durante o tratamento, fica bem claro que é algo beeeeem diferente das quimioterapias: não cai cabelo, não requer exames de sangue e tem menos sintomas – seja no tratamento venoso ou no subcutâneo.

E quanto à imunoterapia, não sei por que chamam assim.

Mais surpreendente ainda é o fato de alguns profissionais que trabalham com oncologia usarem a terminologia errada, confundindo as pacientes.

O que são, então, o TRASTUZUMABE (HERCEPTIN®) e o PERTUZUMAE (PERJETA®)?

São terapias-alvo moleculares.

O que é “terapia-alvo”?

Em nossas células, existem diversas proteínas/moléculas que formam “pontes” para seu funcionamento adequado.

As células do câncer também possuem moléculas com esse mesmo papel. “Atacar” especificamente ESSAS moléculas é o objetivo dessa terapia.

Como temos um ALVO específico, os efeitos colaterais sobre as células normais são pequenos.

E como a quimioterapia age?

Ela impede a divisão das células e causa danos nas moléculas do DNA e/ou RNA.

Por atuar em TODAS as células humanas, sejam elas tumorais ou não, a possibilidade de sua ação se estender às células saudáveis e causar efeitos colaterais é grande.

Por isso podemos ter náuseas, fadiga, queda do cabelo, etc.

E a imunoterapia?

Trata-se de uma opção completamente diferente da quimioterapia (na qual o foco é o combate às células).

A imunoterapia age aumentando a imunidade dos pacientes para que o organismo fique protegido do “ataque” de células que sejam diferentes das normais (no caso, as de câncer).

A imunoterapia tem efeitos

Como as células normais não são acometidas (como na quimioterapia), os sintomas são muito menores.

Porém, com a imunidade exacerbada, reações como alergias, diarreia e infecções no pulmão podem acontecer.

Entretanto, a frequência desses efeitos é pequena.

LEMBRANDO…

Temos posts aqui no perfil falando sobre cada um desses tratamentos e como escolhemos qual usar, está separadinho (nos DESTAQUES)!

As condutas são sempre individualizadas, baseadas não só nos exames (biópsia – laudo histopatológico e imunohistoquímica), mas também no exame físico e na história pessoal de cada paciente.

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