Há tempos, falar de câncer de mama metastático (pacientes que tem a doença avançada) não significa morte. Cada vez mais novos medicamentos são lançados e cada vez mais os pacientes vivem melhor e mais tempo. Por conta de uma nova medicação que será lançada para essas pacientes, a empresa farmacêutica Pfizer, lançou uma pesquisa inédita conduzida pelo instituto Provokers e os resultados realmente nos fazem perceber, mais uma vez, como o tratamento do câncer de mama vai além da doença. Ao contrário, o tratamento é não só de um indivíduo como de todos aqueles que o cercam.
Como sempre digo em minhas aulas, o medo e a tristeza são sentimentos vividos por todos e podem gerar mudanças enormes nas relações familiares. Nesse estudo, com 170 mulheres e 240 familiares, foi comprovado que muitas vezes, os familiares são mais impactados pelo diagnóstico da doença do que o próprio paciente. Afinal de contas, por amarem seu familiar, se sentem responsáveis não só por cuidar, mas também se obrigam a serem fortes e presentes. Quase 9 em cada 10 pacientes do estudo afirma que o diagnóstico da doença trouxe modificações na rotina de casa. Principalmente mudanças negativas. Entre as causas disso, está o afastamento do trabalho dessas mulheres e a redução do orçamento familiar.
Por outro lado, temos notícias muito positivas.
71% dessas pacientes concordam que a família ficou mais unida após o diagnóstico e 61% afirma, por exemplo, que as pessoas já não discutem por besteiras em casa. Vários outros dados importantes foram levantados por essa pesquisa. De tudo isso, chegamos mais uma vez a conclusão de como é fundamental tratarmos o paciente como um todo e incluir também a abordagem familiar neste tratamento e lembrar sempre que, mesmo em uma doença com um estigma pesado como esse, é possível tirarmos grandes lições e nos aproximarmos ainda mais de quem amamos.
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