Nós já sabemos que a prática de atividade física está relacionada a um melhor prognóstico de pacientes com câncer colorretal não metastático. Isso significa um reduzido risco de mortalidade e também de recidiva. No entanto, essa relação da atividade física com o câncer colorretal tem sido pouco explorada na variante “metastática” da doença.
Recentemente, um novo estudo publicado na Journal of Clinical Oncology buscou estabelecer essa relação de forma mais precisa. O estudo mostrou que pacientes que realizaram atividade física moderado durante o tratamento quimioterápico apresentaram melhor sobrevida livre de progressão e menos eventos adversos graves relacionados ao tratamento.
Ao todo foram 1218 pacientes submetidos a um estudo de coorte prospectivo, que responderam a um questionário para qualificá-los com relação a prática de atividade física prévia em relação ao início do tratamento. Segundo Jeffrey A. Meyerhardt, médico e autor do estudo, as pessoas que se envolveram em alguma atividade física tiveram uma melhora estatisticamente significativa na sobrevida livre de progressão.
Mesmo exercícios de baixa intensidade, como por exemplo, caminhar quatro ou mais horas por semana, foram associados a uma redução de quase 20% na progressão do câncer ou morte ao longo do estudo que durou 6 anos.
Embora a gente venha discutindo e mostrando a importância da atividade física para a prevenção do câncer e um prognóstico mais positivo do tratamento, estudos como esse ainda são fundamentais para mostrar a importância do exercício em algumas doenças ainda pouco estudadas, corroborando com números e dados científicos o que já acreditamos ser uma prática primordial para o sucesso do tratamento.
Tem alguma dúvida a respeito? É só deixar aqui nos comentários!
